Tudo começou com o Consultor do Commercio

O Jornal do Comércio completa nesta quinta-feira (25) 90 anos de produção de um jornalismo especializado, ético e comprometido em informar a sociedade os principais fatos econômicos, sociais, políticos e culturais. Através de conteúdos diários, aborda com profundidade os acontecimentos que movimentam a economia regional, nacional e internacional, estabelecendo um retrato fiel do cenário econômico e dos negócios.

Pioneiro na cobertura econômica, o então Consultor do Commercio circulou pela primeira vez em 25 de maio de 1933. Fundado por Jenor Cardoso Jarros, juntamente de sua esposa Zaida Jayme Jarros, tinha o propósito de comunicar aos atacadistas a entrada de produtos coloniais em Porto Alegre. Na época, o jornal funcionava na Rua General Câmara, 28, Centro de Porto Alegre. Jenor Jarros dispunha apenas de uma máquina de escrever Remington e de um mimeógrafo. Em 1935, a publicação, que saía três vezes por semana, muda-se para os altos do Mercado Público sempre com a participação do colaborador de primeira hora do fundador, seu amigo Ismael Varella. A inauguração do Palácio do Comércio, em 1940, é um grande acontecimento. Projetado pelo arquiteto José Lutzenberger, o prédio é inaugurado pelo presidente Getúlio Vargas. O Consultor instala-se no local, onde entram em operação duas pequenas impressoras e uma máquina meia-folha Mercedes. A economia em geral começa a tomar conta das páginas e surge o primeiro anúncio comercial, do Expresso Arco-Íris.

A mudança para Jornal do Comércio

As poucas páginas impressas foram crescendo e conquistando leitores em todo o Rio Grande do Sul. Entre o noticiário de economia, divulgava informações comerciais, títulos protestados, falências e concordatas, câmbio, transmissão de imóveis, manifestos de importação e exportação, bem como manifestos de entrada de produtos do Interior, tanto por via férrea quanto por via rodoviária. Já se apresentava, na época, como "a mais completa publicação de informações comerciais do Estado".

Em 1º de outubro de 1956, 23 anos depois da fundação, surge o título Jornal do Comércio. A primeira manchete escrita sob ele foi: “Há maior oferta do que procura no mercado de imóveis desta capital”. Organiza-se a cobertura jornalística por setores, como Licença de Importações e Exportações, Falências e Concordatas, Mercado Imobiliário e Bolsa de Automóveis, entre outros. Um dos empresários mais influentes da história do Estado, A. J. Renner, assina, durante anos, a coluna “Notas e Comentários”, na qual expõe seu pensamento em favor da livre iniciativa.

A inovação de ser um jornal diário e uma nova sede

O passo seguinte foi se tornar um jornal diário, o que aconteceu em 1 de setembro de 1960, quando compra a primeira rotativa, uma Goss.

Com novos investimentos, o JC ganha uma sede na Avenida João Pessoa, 1.282, onde permanece até hoje. Em função do falecimento do fundador, Zaida Jayme Jarros, e seu filho, Delmar Jarros, passam a dirigir o periódico. A gestão vai até 1998, quando Mércio Tumelero assume a administração e promove uma grande reestruturação. É implantado um novo projeto gráfico e novas impressoras são adquiridas. As páginas ganham cores.

JOÃO MATTOS/JC

O processo de profissionalização e modernização

Em 2004, morre Zaida Jayme Jarros e Mércio Tumelero assume a presidência. A família fundadora passou a fazer parte do conselho de administração e a gestão foi profissionalizada. O empresário dá continuidade ao processo de profissionalização e modernização do jornal.

Ao longo das décadas, o JC nunca parou de valorizar o impresso, agregando cadernos semanais e diários sobre gestão, empreendedorismo, contabilidade, meio jurídico, logística, cultura e publicidade legal, assim como colunistas que expressam suas visões sobre o mercado e o dia a dia da sociedade. Para completar, lança todos os anos novos cadernos especiais, focados em segmentos específicos como indústria, construção civil, comércio, medicina e tecnologia.

JC Digital

Tudo isso atrelado à força digital, com conteúdos ampliados no site, vídeos, podcasts e presença em todas as redes sociais. E o JC segue em constante evolução, modernizando conteúdos, produtos e plataformas para acompanhar um leitor cada vez mais exigente e conectado, sempre com o objetivo de destacar a importância da economia gaúcha e fortalecer os negócios, fazendo jus a credibilidade conquistada.

Ao longo de todos esses anos, alcançou o respeito e a admiração de leitores influentes na economia, na política e nos negócios do Rio Grande do Sul. Algumas destas personalidades deixaram depoimentos nas edições especiais de 75, 80 e 85 anos do JC, que você pode ler.

Completando 90 anos, o Jornal do Comércio é hoje um dos mais respeitados, vigorosos e premiados veículos da imprensa gaúcha e o mais antigo de Porto Alegre em edições ininterruptas. Nessa longa trajetória, o periódico nunca se afastou dos princípios que nortearam sua fundação.